4.1.10

Um presente para nós...


Na praia, deitados, vazios, abertos...
Desligados da rotina caótica...
Aguardando...
Esperançosos...
O nosso presente...


"De repente, numa manhã qualquer da segunda semana,
a mente desperta, renasce para a vida outra vez.
Não no sentido “urbano”, mas no sentido “marinho”. Ela
começa então a fl utuar, a se mexer, a fazer movimentos
suaves e negligentes como as ondas preguiçosas que se
quebram na praia. Nunca se sabe que possíveis tesouros
essas ondas inconscientes vão lançar à areia branca e suave
do consciente. Talvez uma pedra redonda de formato
perfeito ou uma concha rara do fundo do mar; talvez uma
concha-pera, uma concha-lua ou até mesmo um argonauta.

"Mas esses tesouros não devem ser procurados, muito
menos desenterrados. Nada de escavar o fundo do mar.
Isso frustraria nosso objetivo. O mar não recompensa os
que são por demais ansiosos, ávidos ou impacientes. Escavar
tesouros mostra não só impaciência e avidez, mas
também falta de fé. Paciência, paciência e paciência é o
que nos ensina o mar. Paciência e fé. Precisamos nos deitar
vazios, abertos e sem exigências, como a praia – esperando
por um presente do mar."

(Texto e foto - Autoria: Rael Mares, exceto trecho entre áspas, do livro: "Presente do mar" de Anne Morrow Lindbergh)

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