21.10.10

A voz do Mestre - Gibran!


♪ Música ♪

(...)

Quando os pássaros cantam, estarão chamando as flores nos campos, ou estão falando às árvores, ou apenas fazem eco ao murmúrio dos riachos? Pois o Homem, mesmo com seus conhecimentos, não consegue saber o que canta o pássaro, nem o que murmura o riacho, nem o que sussurram as ondas quando tocam as praias vagarosa e suavemente.
Mesmo com sua percepção, o homem não pode entender o que diz a chuva quando cai sobre as folhas das árvores, ou quando bate lentamente nos vidros das janelas. Ele não pode saber o que a brisa segreda às flores nos campos.
Mas o coração do homem pode pressentir e entender o significado dessas melodias que tocam seus sentidos. A Sabedoria Eterna sempre lhe fala numa linguagem misteriosa; a Alma e a Natureza conversam entre si, enquanto o Homem permanece mudo e confuso.
Mas o Homem já não chorou com esses sons? E suas lágrimas não são, porventura, uma eloquente demonstração?
 

Divina Música!
Filha da Alma e do Amor.
Cálice da amargura
E do Amor.
Sonho do coração humano,
Fruto da tristeza.
Flor da alegria, fragrância
E desabrochar dos sentimentos.
Linguagem dos amantes,
Confidenciadora de segredos.
Mãe das lágrimas do amor oculto.
Inspiradora de poetas, de compositores
E dos grandes realizadores.
Unidade de pensamento dentro dos fragmentos
Das palavras.
Criadora do amor que se origina da beleza.
Vinho do coração
Que exulta num mundo de sonhos.
Encorajadora dos guerreiros,
Fortalecedora das almas.
Oceano de perdão e mar de ternura.
Ó música.
Em tuas profundezas
Depositamos nossos corações e almas.
Tu nos ensinaste a ver com os ouvidos
E a ouvir com os corações.

♫♪♫

(Texto - Autoria: Khalil Gibran, Imagem - Autoria: Rael Mares)

MEEEEEEDDDDDOOOOOOO...

Era uma vez um menino que tinha medo do escuro...
Era uma vez um menino que tinha medo de altura...
Era uma vez um menino que tinha medo do mar...
Era uma vez um menino que tinha muitos medos...
Era uma vez um menino...
Era uma vez o MEDO!!!



Era uma vez um menino que deixou que o medo atrapalhasse suas escolhas...
Este medo o levou a pensar melhor e desistir...
Escolhas ruins...
Escolhas perigosas...
Escolhas duvidosas...
Até algumas escolhas boas... (Pobre menino!)
Era uma vez um menino que deixou o medo ajudá-lo em suas escolhas...
Este medo o permitiu refletir ante elas...
Escolhas difíceis...
Escolhas necessárias para seu crescimento...

Nossos medos não são mais que um MAR.
Paramos diante da praia, olhamos nosso alvo...
Então, pensamos: "Como chegaremos lá?"
"Vale mesmo a pena este sacrifício?"
Outros medos podem nos fazer parar e desistir nessa hora, assim como os objetivos infundados e inúteis também o fazem!

Então, em meio a pensamentos desistimos ou continuamos!

Se não houvesse o medo?
Se não houvesse nada que nos fizesse pensar?

Afundaríamos sem piedade neste mar...

Por isso não podemos dizer que o medo seja ruim ou bom...
É como a água:

"Em excesso, faz mal
Escassa, idem...
Mas na medida certa, mantem-nos saudáveis"

Acredito que o medo seja uma lanterna na mão daquele que tem juízo.
Saibamos utilizar da forma correta aquilo que possuímos!

Se não houvesse o medo da morte, para quê viveríamos?

(Texto e imagem - Autoria: Rael Mares)