22.1.11

Só mais um mau dia...

Direto do meu cantinho escuro...
Talvez do fundo na minha alma mal iluminada, ou da sala da minha casa com luz apagada, como queira...
Não sei mais de nada... Nem de mim, nem da vida!

Olho para todos os lados, só vejo as coisas que eu criei para me proteger... Coisas estas que agora me sufocam!
Almejo liberdade, crio grades...

Carne desperdiçada... Sonhos são só sonhos...
Não viram realidade...

Quem sabe numa nova carne...
Mas até lá viverei "protegendo-me"...
Chorando...
Sofrendo...
...
. . .
.

...Luto por mim mesmo...
...Luto por mim mesmo...



(Autoria de algum rael desaparecido de si mesmo...)

3 comentários:

  1. Olê, Olá
    Chico Buarque

    Não chore ainda não, que eu tenho um violão
    E nós vamos cantar
    Felicidade aqui pode passar e ouvir
    E se ela for de samba há de querer ficar

    Seu padre toca o sino que é pra todo mundo saber
    Que a noite é criança, que o samba é menino
    Que a dor é tão velha que pode morrer
    Olê, olê, olê, olá

    Tem samba de sobra, quem sabe sambar
    Que entre na roda, que mostre o gingado
    Mas muito cuidado, não vale chorar

    Não chore ainda não, que eu tenho uma razão
    Pra você não chorar
    Amigo, me perdoa, se eu insisto à toa
    Mas a vida é boa para quem cantar
    Meu pinho, toca forte que é pra todo mundo acordar
    Não fale da vida, nem fale da morte
    Tem dó da menino, não deixa chorar
    Olê, olê, olê, olá

    Tem samba de sobra, quem sabe sambar
    Que entre na roda, que mostre o gingado
    Mas muito cuidado, não vale chorar
    Não chore ainda não, que eu tenho a impressão
    Que o samba vem aí

    É um samba tão imenso que eu às vezes penso
    Que o próprio tempo vai parar pra ouvir
    Luar, espere um pouco, que é pra o meu samba poder chegar
    Eu sei que o violão está fraco, está rouco
    Mas a minha voz não cansou de chamar
    Olê, olê, olê, olá

    Tem samba de sobra, ninguém quer sambar
    Não há mais quem cante, nem há mais lugar
    O sol chegou antes do samba chegar
    Quem passa nem liga, já vai trabalhar
    E você, meu amigo, já pode chorar

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  2. Sonho Impossível
    Maria Bethânia

    Sonhar mais um sonho impossível
    Lutar quando é fácil ceder
    Vencer o inimigo invencível
    Negar quando a regra é vender

    Sofrer a tortura implacável
    Romper a incabível prisão
    Voar num limite improvável
    Tocar o inacessível chão

    É minha lei, é minha questão
    Virar este mundo, cravar este chão
    Não me importa saber
    Se é terrível demais
    Quantas guerras terei que vencer
    Por um pouco de paz

    E amanhã se esse chão que eu beijei
    For meu leito e perdão
    Vou saber que valeu
    Delirar e morrer de paixão

    E assim, seja lá como for
    Vai ter fim a infinita aflição
    E o mundo vai ver uma flor
    Brotar do impossível chão

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